| Alagados Teerã A novidade Melô do marinheiro Marinheiro Dub Selvagem A dama e o vagabundo There´s a party O Homem Teerão Dub Ficha Técnica |
Alagados Todo dia E a cidade Alagados, Trenchtown, Favela da Maré Teerã Por quanto tempo ainda vamos ver E o futuro o que trará E as marcas de sangue no chão são lembranças Por quanto tempo ainda vamos ter E o futuro o que trará Que as marcas de sangue no chão são lembranças A Novidade A novidade veio dar à praia A novidade era o máximo Ó mundo tão desigual E a novidade que seria um sonho A novidade era a guerra Melô do Marinheiro Entrei de gaiato num navio Aceitei, me engajei fui conhecer a embarcação Entrei de gaiato num navio Quando dei por mim eu já estava em alto-mar Liverpool, Baltimore, Bangkok e Japão Marinheiro Dub(instrumental) Selvagem A polícia apresenta suas armas O governo apresenta suas armas A cidade apresenta suas armas Os negros apresentam suas armas A Dama e o Vagabundo Eu fico sentado rindo Mas a gente combina o que for necessário Meu nome está no distrito Mas agente combina o que for mais seguro Mas a gente combina o que for necessário There's a Party Phones are ringing all around O Homem O homem traz em si a santidade e o pecado O homem tolo se põe a lutar por um lado Só então vê Você Você Você É mais do que sei Sou feliz GRAVADORA: EMI-Odeon
( Herbert Vianna / Bi Ribeiro / João Barone)
O sol da manhã vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo quem já não queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
Que tem bracos abertos num cartão postal
Com os punhos fechados da vida real
Lhes nega oportunidades
Mostra a face dura do mal
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em que
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em que
( Herbert Vianna / Bi Ribeiro / João Barone )
Fotografias pela manhã
Imagens de dor
Lições do passado
Recentes demais pra esquecer
Para as crianças em Teerã
Brincar de soldados por entre os escombros
Os corpos deitados não fingem mais
Difíceis de apagar
Será que ainda existe razão pra viver
Em Teerã
Nas noites frias e nas manhãs
Imagens de dor
em rostos marcados
Pequenos demais pra se defender
Se essas crianças vão sempre estar
Pedindo trocados nos vidros fechados
Sentando no asfalto sem perceber
Difíceis de apagar
Será que ainda existe razão pra viver
Em Teerã
( Herbert Vianna / Bi Ribeiro / João Barone / Gilberto Gil)
Na qualidade rara de sereia
Metade o bisto de uma deusa maia
Metade um grande rabo de baleia
Do paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra a ceia
Tudo é tão desigual
ô, ô, ô, ô
De um lado esse carnaval
Do outro a fome total
ô, ô, ô, ô
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma mulher bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado
( Bi Ribeiro / João Barone)
Entrei, entrei, entrei pelo cano
Entrei de gaiato num navio
Entrei, entrei, entrei por engano
A popa, o convés, a proa e o timão
Tudo bem bonito pra chamar a atenção
Foi quando percebi um balde d'água e sabão
"Tá vendo essa sujeira bem debaixo dos seus pés?
Pois deixa de moleza e vai lavando o convés"
Entrei, entrei, entrei pelo cano
Entrei de gaiato num navio
Entrei, entrei, entrei por engano
Sem a menor chance nem maneira de voltar
Pensei que era moleza mas foi pura ilusão
Conhecer o mundo inteiro sem gastar nenhum tostão
E eu aqui descascando batata no porão
Liverpool, Baltimore, Bangkok e Japão
E eu aqui descascando batata!
( Herbert Vianna / Bi Ribeiro / João Barone )
Escudos transparentes, cacetetes
Capacetes reluzentes
E a determinação de manter tudo
Em seu lugar
Discurso reticente, novidade inconsciente
E a liberdade cai por terra
Aos pés de um filme de Godard
Meninos nos sinais, mendigos pelos cantos
E o espanto está nos olhos de quem vê
O grande monstro a se criar
As costas marcadas, as mãos calejadas
E a esperteza que só tem quem tá
Cansado de apanhar
( Herbert Vianna / Bi Ribeiro )
Te ouvindo reclamar
Meu bem há coisas mais importantes lá fora
Que os nossos quadros por pregar
'Cê lava os pratos
Eu lavo o carro
Ou ao contrário
Tanto faz
E o seu está nos jornais
E não me basta o que eu já sei
Eu ainda erro demais
'Cê fica em casa
Eu pulo o muro
Ou ao contrário
Tanto faz
'Cê lava o carro eu lavo os pratos
Ou ao contrário
Tanto faz
( Herbert Vianna )
But not here in my house
I can hear what people say
I know they're goin' out
There's a party
In the World at night
There's a party
And they feel so fine
There's a party
And there's no one by my side
I don't think they care 'bout me
When they're havin' fun
I sit and eat and watch TV
The night has just begun
There's a party
In the World at night
There's a party
And they feel so fine
There's a party
And there's no one by my side
A man comes on the silver screen
He seens to know that I have no one else to talk to
To talk to
( Herbert Vianna / Bi Ribeiro )
Lutando no seu íntimo
Sem que nehum dos dois prevaleça
Até perceber
Que golpeia e sente a dor
Ele é o alvo da própria violência
Que às vezes o covarde é o que não mata
Que às vezes é o infiel que não trai
As vezes benfeitor é quem maltrata
Nenhuma doutrina mais me satisfaz
Nenhuma mais
( Tim Maia )
É algo assim
É tudo pra mim
É como eu sonhava, baby
É mais que pensei
É mais que eu esperava, baby
Agora
Não, não vá
Embora
Vou morrer de saudades
PRODUÇÃO: Liminha
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Jorge Davidson
TÉCNICOS DE GRAVAÇÃO: Vitor Farias
CAPA E ILUSTRAÇÕES: Ricardo Leite
FOTOS: Maurício Valladares
COORDENAÇÃO GRÁFICA: J.C. Mello
Voltar para Paralamas